O "Dia dos Pais" se aproxima e, apesar de ser uma data comercial e de nunca ter se tornado tão popular quanto o "Dia das Mães", a deste ano será especial para mim, pois minha primeira filha, Agnes, irá nascer semana que vem e estou muito feliz.
Entretanto, ao refletir sobre a paternidade de uma forma geral me entristeço. Olhando para as famílias de nossa cidade vejo o quanto o papel de pai e a própria instituição da família, está se perdendo, se deteriorando, se acabando... inúmeras mães solteiras, pais separados, filhos que não conhecem os pais, pais que não se importam com os filhos, mães com filhos de vários pais diferentes, etc. E essa realidade não é só aqui, é um retrato do Brasil inteiro.
Li nesta semana um artigo na revista "Época" intitulado: "Nada sobre meu pai" escrito por Ruth de Aquino que falava o seguinte: "A cada ano, nascem 700 mil crianças no Brasil de pai 'desconhecido'. Filhos de homens que não quiseram reconhecê-los como seus. No dia dos Pais, quase 30% dos brasileiros não saberão a quem dar um presente ou homenagear. Nunca souberam. A maioria dos 'filhos só da mãe' nem sequer sabe o nome do pai, nunca viu uma foto, e nem tem certeza se está vivo. Muitos buscam em vão o reconhecimento na justiça."
Além disso, outro fato alarmante retratado no artigo era: "80% dos jovens infratores não tem o nome do pai na certidão." Olhando para tudo isto nos perguntamos: "Onde estão estes pais?", "Que vida levam estas mães?", "Qual será o futuro destes filhos?"
É muito triste, muito mesmo. Como gostaríamos de comemorar melhor esta data, homenagear aqueles pais de família que amam suas esposas e filhos, que trabalham para sustentar seus lares e educam seus filhos para serem pessoas de bem. Mas infelizmente este belo quadro está se desfazendo cada dia mais.
Em nossa igreja essa realidade não é diferente, das crianças que frequentam os cultos, apenas uma tem o pai na igreja, outras têm os pais falecidos e outras têm os pais separados.
Mas não tem como ser diferente, no mundo em que vivemos a família não importa mais, os valores se perderam e só o que é errado tem sido estimulado. Na mídia vemos o quando as relações sem compromisso, sexo antes do casamento, homosexualismo, divórcio, desunião, egoísmo, vida sem responsabilidade e atitudes semelhantes a estas são estimuladas e exaltadas. Para muitas meninas ser mãe solteira "é o máximo".
Cabe a nós, que conhecemos o Senhor Jesus Cristo e Sua Santa Palavra, lutar pela manutenção das valores sagrados e eternos em nossa sociedade, começando em nossos lares e nossas igrejas. O mundo vai só piorando, mas nós podemos ter uma vida diferente pela graça de Deus, vivendo no caminho certo, prezando pela família, pelo casamento e pela criação correta e amorosa dos filhos. Com Cristo temos tudo para nos mantermos afastados dos tristes dados acima citados e, preservarmos nossas famílias e nossos filhos e assim, termos muito o que comemorar no Dia dos Pais. É o que eu quero para mim, é o que espero para todos, para que no fim, possamos estar dentro daquilo que a Palavra de Deus nos diz no Salmo 127.1-4:
<span style="font-weight:bold;">"Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR, e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz será e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebento a oliveira, "a roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!"
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