domingo, 16 de março de 2014

Quando Caem os Muros

Ontem, pela graça de Deus, e com a ajuda dos irmãos Vitalino, Zezico, Nonato, Luiza e Laila, Débora e eu vimos o muro da frente de casa levantado. Foi o mesmo que, no dia 18 de janeiro, caiu durante o mutirão que fizemos com os irmãos das 3 igrejas Batistas aqui da Serra da Canastra, logo após uma chuva de pedras e um forte vendaval. Aproveitando boa parte do material que havia caído, hoje o muro está de pé e somos muito gratos a Deus por isso.



Confesso que no dia em que o muro caiu, e nos seguintes, me senti como Neemias: "E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo. E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus." Neemias 1:3-4

Claro que os muros de nossa casa não tem nada a ver com os muros de Jerusalém, mas a tristeza pela queda também foi grande para nós e também precisamos olhar para o Deus dos céus, orar e confiar em Sua Soberania.

O que temos aprendido com tudo isso é que nossa vida aqui é marcada por quedas, grandes e pequenas, dos muros ou de nossas próprias vidas, não temos controle de nada e estamos, constantemente, cercados por tempestades e ventos contrários e nem sempre iremos entender a razão de tais fatos.

Podemos lembrar de Jó, o qual, diante de tragédias naturais perdeu sua família e seus bens, tudo veio como ataques de satanás que queria derrubá-lo, contudo, isso só ocorreu com a permissão de Deus e diante de Seus propósitos soberanos e eternos.
Temos também Jonas, que enfrentou uma tempestade e afundou no mar, para que pudesse reconhecer seu pecado, sua desobediência e, arrependido, voltasse ao serviço do Senhor.
Penso também em Paulo, que enfrentou ventos contrários enquanto navegava, sofreu um naufrágio, mas isso deu-lhe a oportunidade de testemunhar do Senhor a muitas pessoas e a pregar o evangelho a todos que o cercavam.
E ainda os discípulos do Senhor que, durante uma forte tempestade se desesperaram, duvidando até do amor do mestre, que dormia tranquilamente no barco, mas Jesus despertou e acalmou o vento e o mar, mostrando seu controle sobre a criação, seu amor por seus discípulos e manifestando sua glória.
E, por fim, há também Elias que, no meio de uma forte depressão, encontrou a presença consoladora e renovadora de Deus numa brisa suave que passou sobre ele.

É isso que quero transmitir aqui amados, os ventos fazem partes de nossas vidas e, em algumas vezes, virão para derrubar muros, e outras vezes, nossas vidas, as vezes para arrancar telhas, derrubar casas ou, até mesmo, para ceifar vidas, mas também, para nos fazer olhar para o Senhor, para deixarmos pecados e orgulho, para depender Dele, descansar em Sua soberania, pois Ele não muda, não erra e faz tudo para Sua glória e propósitos eternos.

Olhando para trás vemos que os muros de casa caíram mas a vida continuou, Deus não mudou, nos deu graça para continuar e agora, os muros estão de pé e nós também, devemos continuar assim, servindo-O até o fim e se, em algum momento novas tempestades e ventos nos alcançarem, se mais muros, ou até mesmo nossas casas, famílias ou saúde desabarem, que perseveremos em servir e confiar Naquele que controla os ventos e os mares, Jesus, nosso Salvador, Senhor e Sustentador do universo.

Com o muro de pé, vencemos mais um desafio em nossa vida aqui em Piumhi e assim, continuamos nossa vida e nossa trabalho, fazendo os cultos, cuidando de nossa filha recém nascida e sonhando com o futuro. Obrigado a todos que tem orado por nós e nos apoiado no trabalho missionário aqui em Piumhi, com o apoio de vocês e a Graça de nosso Senhor Jesus, vamos sempre em frente, pregando o evangelho e trabalhando para a fundação de uma nova igreja.

Deus seja louvado!

Um comentário:

Unknown disse...

As tempestades vem, mas Cristo, Nossa Rocha sempre permanece! Louvado seja Deus pela cida e ministerio dos queridos irmaos!